Não sendo possível fazer reparos em Chip no MacBooks,  PCs da Apple vão para o lixo, para trocar peças e realizar reparos é necessário ter um software exclusivo da Apple e produtos já utilizados acabam inutilizados.

Em 06/05/2020  10:15

MacBooks se tornam descartáveis por não permitir reparos

MacBooks Pro e MacBooks Air lançados em 2018 estão sendo simplesmente indo para a lato do lixo nos Estados Unidos, mesmo em condições de uso. revendedores estão descartando os dispositivos por conta de limitações nos reparos impostas pela própria Apple, principalmente no chip T2, que é responsável pela inicialização e criptografia dos aparelhos. Com o sistema de segurança, apenas profissionais da Apple ou de autorizadas podem realizar alterações no hardware, por meio de um software exclusivo.

Além disso, caso o primeiro usuário do computador não tenha restaurado o computador aos padrões de fábrica, seus dados continuam no computador, impedindo a revenda dos mesmos. Há algum tempo veículos especializados apontam a baixa reparabilidade dos produtos da marca. Além dos notebooks, o chip de segurança também está presente nas versões mais recentes de Mac Pro, Mac Mini e iMac Pro, e tem como principal função impedir hackers de acessarem os microfones dos PCs, além de permitir ao usuário acionar a Siri diretamente por meio de comandos de voz.

O dono de uma loja que reforma e revende aparelhos de segunda mão nos EUA, John Bumstead, reclamou do problema no Twitter. Em entrevista ao site Motherboard, ele afirma que não é possível formatar e rebootar a máquina por um HD externo, e os dados do primeiro usuário continuam na máquina.

Essa característica afeta principalmente o mercado de produtos usados, uma vez que diminui o número de mercadorias que podem ser revendidas. Caso o dono original do Mac tenha restaurado os dados de fábrica do dispositivo, isso pode ser contornado – mas sem alteração alguma nos componentes.

A possibilidade do chip T2 atrapalhar o mercado de revenda foi levantada ainda em 2018, quando os novos modelos de MacBook contendo o equipamento foram lançados. Na época, também foi alertado que a política da Apple poderia interferir no direito do consumidor a reparar seus produtos, uma vez que impede até mesmo os donos originais de trocar suas peças.

Vale ressaltar que, de acordo com as leis dos Estados Unidos, é proibido vender equipamentos com informações de outras pessoas, o que torna a restauração um passo fundamental para que o mesmo seja negociado. Dessa forma, as alternativas são jogar a unidade fora ou desmontá-la e vender as poucas partes que podem ser reutilizadas, ainda que por um preço inferior ao total.

Via: Tectudo